Ansiedade em mulheres: Por que é mais comum e como tratar com eficiência

Entenda por que a ansiedade afeta mais as mulheres, suas causas e as formas mais eficazes de tratamento, baseadas em evidências científicas.

A ansiedade é uma realidade presente na vida de muitas mulheres. Estudos mostram que elas têm quase o dobro de chances de desenvolver transtornos de ansiedade em comparação com os homens (FDA, 2017). Essa condição pode afetar profundamente o bem-estar emocional, os relacionamentos e até mesmo a produtividade no trabalho.

Neste artigo, vamos explorar por que a ansiedade é mais prevalente em mulheres, suas principais causas e as formas mais eficazes de tratamento para cada fase da vida.

Alguns fatores explicam essa diferença estatística entre homens e mulheres:

🔸 Fatores hormonais:

Oscilações nos níveis de estrogênio e progesterona durante o ciclo menstrual, gravidez e menopausa afetam diretamente o sistema nervoso central e a regulação emocional.

🔸 Pressões sociais e culturais:

A sobrecarga de papéis sociais (mãe, profissional, cuidadora) e a cobrança por perfeição afetam diretamente a saúde mental feminina.

🔸 Traumas emocionais:

Mulheres têm maior probabilidade de vivenciar eventos traumáticos, como abuso emocional ou sexual, que são gatilhos significativos para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade.

🔸 Diferenças neurobiológicas:

Estudos apontam que existem variações na forma como os cérebros de homens e mulheres processam emoções e lidam com o estresse (NIMH, 2020).

  • U.S. Food & Drug Administration (FDA). Women and Anxiety

  • National Institute of Mental Health (NIMH). Sex Differences in Anxiety Disorders

  • American Psychiatric Association (APA). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 5th ed.

  • Kessler RC et al. (2005). National Comorbidity Survey Replication (NCS-R)

Por que a ansiedade é mais comum em mulheres?
Prevalência de Transtornos de Ansiedade em Mulheres

Segundo dados epidemiológicos, as taxas de ansiedade entre mulheres são significativamente maiores que entre homens:

🔸 Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG):

7,7% em mulheres vs. 4,1% em homens

🔸 Transtorno de Pânico:

7,1% em mulheres vs. 4,0% em homens

🔸 Fobia Específica:

16,1% em mulheres vs. 9,0% em homens

🔸 Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT):

8,5% em mulheres vs. 3,4% em homens

Tratamentos mais eficazes para ansiedade em mulheres

🔸 ISRS (Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina) e IRSN são eficazes, inclusive em casos como o TDPM (Transtorno Disfórico Pré-Menstrual).

🔸 Antidepressivos durante a gestação podem ser utilizados com acompanhamento profissional.

🔸 Benzodiazepínicos, embora eficazes em curto prazo, exigem cuidado devido ao risco de dependência.

1. Tratamentos farmacológicos (com orientação médica):
2. Psicoterapia:

🔸 A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das abordagens mais indicadas, com foco na reestruturação de pensamentos disfuncionais.

🔸 Outras abordagens terapêuticas integrativas também podem ajudar no fortalecimento emocional e na autoimagem.

3. Abordagens complementares:

🔸 Exercícios físicos regulares

🔸 Alimentação equilibrada

🔸 Técnicas de respiração e mindfulness

🔸 Sono de qualidade

🔸 Apoio social e rede de suporte emocional

🤍 Você não está sozinha — e a ansiedade não precisa comandar a sua vida. Entender o que você sente e buscar ajuda são atos de coragem, não de fraqueza. Com acolhimento, informação e apoio profissional, é possível viver com mais leveza, clareza e bem-estar.

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Referências: